Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Deguelia costata (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020, 2018), com ocorrência nos estados: Espírito Santo (Ribeiro et al. 261), Minas Gerais (Sampaio 7238), Rio de Janeiro (Bello 40).
Árvore de até 18 m, endêmica do Brasil (Camargo et al., 2018). Popularmente conhecida por embira-de-carrapato ou pau-carrapato, foi coletada em Caatinga (stricto sensu) e Floresta Estacional Decidual associadas a Mata Atlântica e a Caatinga nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apresenta distribuição ampla, EOO=280241 km², diversos registros depositados em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente (2016), e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas com extensões significativas de ecossistemas naturais em estado prístino de conservação. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias e em distintos domínios fitogeográficos, de forma rara na maior parte das localidades em que foi registrada. Isso pode entretanto se reflexo do esforço de coleta verificado para suas áreas de ocorrência, ainda considerado insuficiente. O táxon é utilizado localmente, para fins como construções rústicas, estacas e postes de vedação, além de produção ocasional de carvão. Muito ornamental, especialmente quando em flor, a árvore pode ser usada em paisagismo sendo adequada para plantio de ruas e avenidas (Tropical Plants Database, 2018). Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros. Adcionalmente, a espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). Assim, D. costata foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) e conservação (Plano de Manejo sustentável) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.
Descrita em: Brittonia 66(1): 26. 2013. Popularmente conhecida por embira-de-carrapato ou pau-carrapato na região Sudeste (Camargo e Tozzi, 2018) e Óleo baio no Espírito Santo (Mansano 54). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R: Não. 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R: Sim. CVRD (ES), Sooretama (ES), Itapema (MG). 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R: Sim. 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R: Sim. Floresta Estacional e Caatinga (poucos registros no segundo bioma, na região de Medina, Vale do Jequitinhonha). 5 - possui amplitude de habitat. R: Sim. 6 - possui especificidade de habitat. R: Não. 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R: Não. 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R: Rara. 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R: Ocorre também em beira de estradas, mas as populações não são muito frequentes e ocorrem em localidades específicas (Rodrigo Camargo, com. pess. 15/11/2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 4 Transportation & service corridors | habitat | past,present,future | national | very high |
Castelletti et al. (2004) modelaram os efeitos das estradas sobre a vegetação de Caatinga e adicionaram novos valores às áreas já utilizadas para agricultura e pastagem estimadas pelo IBGE. A área de Caatinga modificada obtida pelos autores variou de 223.100km² a 379.565km². Esses números indicam que entre 30,4% e 51,7% da área da Caatinga foi alterada por atividades antrópicas. A primeira estimativa coloca a Caatinga como o terceiro ecossistema mais degradado do Brasil, atrás da Mata Atlântica e do Cerrado. A segunda estimativa, entretanto, eleva a Caatinga para o segundo ecossistema mais degradado do Brasil, passando à frente do Cerrado. Contudo, é possível que mesmo esses valores ainda estejam subestimados, porque é difícil dimensionar a extensão da perda dos ecossistemas naturais e da flora e fauna do Nordeste brasileiro nos últimos 500 anos. Os registros históricos produzem pistas pequenas, mas dramáticas, sobre a destruição em larga escala que tem devastado a região desde 1500, e mesmo os maiores remanescentes da Caatinga têm, provavelmente, sido alterados desde os tempos pré-Colombianos (Leal et al., 2005). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na Reserva da CVRD (ES), Reserva de Sooretama(ES), Estação Ecológica de Caratinga (E.B.C.) (MG). |
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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9. Construction/structural materials | natural | stalk |
Apenas é usado localmente, para fins como construções rústicas, estacas e postes de vedação (Tropical Plants Database, 2018). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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7. Fuel | natural | stalk |
A madeira é usada como combustível e para fazer carvão (Tropical Plants Database, 2018). | ||
Referências:
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